1 mar 2018 – Comércio Exterior
As exportações do Brasil aos países árabes somaram US$ 1,01 bilhão em janeiro, um aumento de 8,11% sobre o mesmo mês do ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
Arábia Saudita foi o principal destino dos produtos brasileiros
“Para o mês de janeiro é um resultado ótimo, pois é período de inverno no Hemisfério Norte”, disse o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby. De acordo com ele, nesta época os países árabes que importam do Brasil costumam ainda estar com estoques altos.
De fato, os dois principais produtos exportados pelo Brasil à região – açúcar e frango – tiveram desempenho fraco no mês passado. As vendas de açúcar recuaram 25,3% em relação ao mesmo mês de 2017, para US$ 248 milhões. Os embarques de frango caíram 11,7% na mesma comparação, para US$ 196,6 milhões.
No entanto, o avanço de outros produtos compensou as quedas desses dois itens. Destaque para o crescimento das exportações de minério de ferro, de 16% sobre janeiro do ano passado, para US$ 135,7 milhões, e de milho, de significativos 110,6% na mesma comparação, para US$ 92,7 milhões.
“O aumento das exportações de minério é uma notícia boa”, afirmou Alaby. Segundo ele, isso indica crescimento da produção industrial na região. Avançaram também os embarques de material de defesa, carne bovina, alumina calcinada, tubos de ferro ou aço, e ouro.
Os maiores mercados do Brasil na região em janeiro foram a Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Argélia e Omã. Os embarques cresceram para a Arábia Saudita, Egito, Omã, Catar, Tunísia, Líbano e outras nações do bloco.
O diretor-geral da Câmara Árabe comentou que em breve as exportações de alimentos aos árabes podem acelerar, pois deverá começar um novo período de formação de estoques. No ano, ele estima que as vendas à região irão avançar de 10% a 15%.
Importações
Na outra mão, as importações de produtos árabes pelo Brasil somaram US$ 611,6 milhões em janeiro, uma queda de 7,15% em relação ao mesmo mês do ano passado. O desempenho foi influenciado principalmente pelos fertilizantes, cujas compras caíram 53,5%, para US$ 83,4 milhões.
Petróleo e derivados, e fertilizantes são os itens que o Brasil mais importa da região. As compras de produtos petrolíferos totalizaram US$ 458,5 milhões no mês passado, um aumento de 10,5% sobre janeiro de 2017. Destaque também para o avanço de 105% nas importações de plásticos, que chegaram a US$ 21 milhões.
Os maiores fornecedores do Brasil no mês foram a Argélia, Arábia Saudita, Iraque, Kuwait e Catar. Entre eles, só Arábia Saudita e Kuwait venderam mais.
Fonte: ANBA